“Para procurar um potencial reservatório do vírus, realizamos uma análise completa de sequências genômicas e comparações. Os resultados da nossa análise sugerem que a cobra é o reservatório mais provável entre os animais silvestres”, observa o texto.
Os pesquisadores alertam que suas conclusões requerem “maior validação por meio de estudos experimentais em modelos animais”. Os dois estudos não explicam como o vírus poderia ter sido transmitido de animais para humanos. Pode oferecer, porém, pistas para as autoridades chinesas, que procuram a fonte do surto que contaminou centenas de pessoas no país e que foram confirmadas em locais tão distantes quanto os Estados Unidos.
O mercado onde o vírus apareceu oferece uma variedade de fauna exótica à venda, incluindo raposas vivas, crocodilos, filhotes de lobo, salamandras gigantes, cobras, ratos, pavões, porcos-espinhos e carne de camelo, entre outros. Ontem, em Pequim, o diretor do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças, Gao Fu, disse que as autoridades acreditam que o vírus provavelmente veio de “animais selvagens no mercado de pescados”, embora a fonte exata permaneça indeterminada.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que deixou centenas de mortos na China, esteve relacionada ao consumo de carne de civeta asiático, um mamífero carnívoro. Muitas espécies exóticas ainda são amplamente consumidas na China e em outros países asiáticos, onde são consideradas uma iguaria – como civeta, ou alguns ratos e morcegos -, ou por seus supostos benefícios à saúde não comprovados pela ciência.
Fonte: Agência France-Presse