Dados divulgados pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) apontam que Roraima está com 70% de risco de fogo. As causas continuam sendo a seca histórica no estado e os incêndios florestais ocasionados por agricultores, madeireiros e criminosos nas zonas rurais.
O coordenador do PrevFogo, Joaquim Lima, lembra que desde dezembro passado, todas as licenças para atear fogo foram suspensas em Roraima.
“O estado está com 70% de risco crítico de incêndio. Todo e qualquer fogo que esteja ocorrendo nos vindouros são, a priori, irrregulares”, disse. Os focos de incêndio continuam sendo combatidos em Roraima pelos órgãos da Defesa Civil.
Segundo Lima, o estado apresenta 1% de chance de os focos serem espontâneos. “A gente pode dizer, seguramente, que 99% dos incêndios são provocados pelo ser humano, por agricultores ou por criminosos”, afirmou.
Ao todo, 97 focos estão presentes em todo estado. O lugar mais atingido é a comunidade do Paredão, no município de Alto Alegre. Os incêndio também têm atingido unidades de conservação, como o Parque Nacional do Viruá, que teve mais de 15 quilômetros de florestas destruídos.
“É muito difícil indentificar quem ateou o fogo. O que fazemos são perícias especializadas que podem identificar a origem destes focos de incêndio”, frisou.
O coordenador destaca que serão abertos aceiros nos terrenos em volta de propriedades das terras indígenas Yanomami, para impedir a propagação de incêndios. “Para, assim, protegermos as famílias no lugar”, finaliza..
O artigo 250 do Código Penal estabelece, para quem provocar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outras pessoas, possibilidade de reclusão de três a seis anos, e multa.
PrevFogo
É um Centro Especializado, dentro da estrutura do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), responsável pela política de prevenção e combate aos incêndios florestais em todo o território nacional, incluindo atividades relacionadas com campanhas educativas, treinamento e capacitação de produtores rurais e brigadistas, monitoramento e pesquisa. (G1).