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Lideranças indígenas cobram justiça por mortes no Maranhão

10 de dezembro de 2019 às 07:13h

Liderancas indigenas cobram justica

Delegação composta por mais de 20 lideranças indígenas brasileiras realizou hoje um ato na COP 25, em Madrid, em protesto contra o assassinato de duas lideranças indígenas no último sábado, no Maranhão, e convocaram novo mês de mobilizações pelo Brasil

A delegação composta por mais de 20 lideranças indígenas brasileiras protestou nesta segunda-feira 9 na COP 25, em Madrid, Espanha, contra o assassinato de duas lideranças indígenas no último sábado 7, no Maranhão.

Raimundo Guajajara (cacique na Terra Indígena Lagoa Comprida) e Firmino Silvino Prexede Guajajara (cacique na TI Cana Brava) foram mortos à beira da BR-226. Em 1º de novembro, outro indígena, Paulino Guajajara, que atuava como guardião da floresta, também havia sido assassinado.

As lideranças brasileiras que protestaram hoje, com Sônia Guajajara à frente, também convocaram novo mês de mobilizações pelo Brasil, o Dezembro Vermelho.

Nesta segunda, o ministro da Justiça, Sergio Moro, autorizou a ida da Força Nacional de Segurança em território maranhense após a morte dos indígenas. Segundo reportagem da Folha, no entanto, uma das áreas mais violentas para indígenas ficou de fora da demarcação de proteção.

Sobre a decisão, o jornalista Leonardo Sakamoto provocou em sua coluna no UOL: “Melhor seria se o ministro caminhasse alguns metros até o vizinho Palácio do Planalto e sugerisse a seu chefe que parasse de incentivar a invasão de territórios pertencentes a comunidades tradicionais através de seus discursos sobre a exploração econômica desses locais. E adotasse uma política para proteger a vida dessas populações, criticando duramente os envolvidos, ao invés de adotar o silêncio diante dos ataques contra elas”.