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Sementes da Mudança

Adoção do Método da ‘Muvuca’ para Biodiversidade e Restauração Social

7 de maio de 2024 às 11:47h

A restauração de ecossistemas emerge como uma solução baseada na natureza crucial para enfrentar os desafios da crise climática, da perda de biodiversidade e da escassez de água. Além de sua importância ecológica, a restauração gera impactos positivos diretos e indiretos na economia e no bem-estar humano, da escala local à global.

Reconhecendo sua importância e urgência, as Nações Unidas declararam esta a ‘Década da Restauração de Ecossistemas‘. No Brasil, o Instituto Socioambiental (ISA), uma organização da sociedade civil brasileira sem fins lucrativos estabelecida em 1994, tem se dedicado ativamente à restauração da Amazônia há 20 anos. O ISA é um Ator da Década da ONU e contribui ativamente para seus objetivos. Através da implementação do método de restauração ‘Muvuca’ e do fortalecimento das redes de sementes nativas de base comunitária, o ISA tem defendido a restauração ecológica com foco em alta biodiversidade. Esta abordagem promove a economia da sociobiodiversidade com a cadeia de sementes nativas e o bem-estar dos coletores de sementes, ao mesmo tempo em que protege territórios e conhecimentos tradicionais.

O Método de Restauração ‘Muvuca’

Inspirado pela natureza e aprendendo com o conhecimento tradicional dos povos indígenas, o ISA abraçou o método de restauração da ‘Muvuca’ através do plantio direto de sementes. Muvuca é uma mistura de sementes de dezenas de espécies nativas em diferentes estágios sucessionais, plantadas todas de uma vez para imitar mecanismos naturais de regeneração, como o banco de sementes no solo e a chuva de sementes. Este sistema inovador emprega uma alta diversidade de espécies e garante eficiência operacional, permitindo a restauração mecanizada com redução no tempo e custo de plantio e manutenção. O plantio pode ser feito manualmente ou mecanizado utilizando tratores e plantadeiras agrícolas, possibilitando escalabilidade e plantio até 20 vezes mais rápido em comparação com o plantio de mudas, a um custo muito menor. Com seus benefícios ecológicos e econômicos cientificamente comprovados,, a metodologia é elegível para acreditação de carbono conforme os padrões do UNDCC.