Notícias
Estados
Desastres naturais

Mais de um terço dos municípios brasileiros têm moradores em áreas de risco

21 de janeiro de 2024 às 18:07h

Documento produzido por ministérios do governo federal identificou 1.942 cidades com regiões suscetíveis a deslizamentos, enxurradas e inundações. Dados devem orientar o direcionamento de recursos federais.

Um estudo desenvolvido pelo governo federal identificou que 1.942 municípios — mais de um terço do total — têm moradores em áreas consideradas suscetíveis a desastres naturais, como deslizamentos, enxurradas e inundações.

O registro é quase 140% maior do que o levantado pelo governo federal há 12 anos. À época, 821 municípios foram listados como suscetíveis a estragos causados por fenômenos naturais.

De acordo com o mais recente levantamento, revelado pelo jornal “O Globo”, 8,9 milhões de pessoas moram em regiões consideradas de risco nessas cidades.

Os números integram um documento conjunto da Casa Civil e dos ministérios do Desenvolvimento Regional, das Cidades, da Ciência e Tecnologia, de Minas e Energia e do Meio Ambiente.

As informações devem municiar o direcionamento de recursos do governo federal para a Defesa Civil e o desenvolvimento de ações, como o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil.

O estudo aponta que as Regiões Sudeste e Nordeste têm o maior número de municípios com áreas de risco.

Minas Gerais é o estado com o maior registro de cidades na lista (283), e São Paulo tem a maior população exposta a áreas suscetíveis a desastres naturais (1.552.836).

A Região Centro-Oeste tem o menor percentual de registro de eventos e de pessoas expostas aos riscos.

Os dados utilizados pelo levantamento não consideram eventos ocorridos em 2023. Segundo o estudo, a lista de cidades com áreas de risco é “dinâmica, podendo passar por alterações à medida que novos eventos ocorram e que as bases de dados sejam atualizadas”.

Para a construção da lista, o governo levou em consideração:

  • lista de municípios críticos de 2012;
  • registro de óbitos entre 1991 e 2022;
  • registros de eventos entre 1991 e 2022;
  • desalojados ou desabrigados no período de 1991 a 2022;
  • estimativa de população em áreas mapeadas com riscos geo-hidrológicos;
  • vulnerabilidade a inundações da Agência Nacional de Águas;
  • e dias de chuvas acima de 50 mm, de 1981 a 2022.

Orientação