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COP27

Países africanos e pequenas ilhas cobram reparação de danos

9 de novembro de 2022 às 21:14h

A COP 27, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, começou no último domingo (6). Realizado há 27 anos, trata-se do maior e mais importante evento anual relacionado ao clima do planeta.

A edição deste ano acontece no Egito, em Sharm El Sheikh, e reúne as principais lideranças globais para debater o futuro do planeta, ameaçado pelo aquecimento global – em 2015, todos os países que participaram do Acordo de Paris concordaram em cortar emissões de carbono conter a temperatura média da Terra.

“O momento é de implementação de tudo que foi prometido”, resume Ana Toni, ex-presidente do conselho do Greepeace Internacional e diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade.

A realização da conferência no Egito encurrala países desenvolvidos a debater a reparação climática e os danos causados especialmente em territórios africanos e pequenas ilhas Oceania que devem desaparecer, explica Ana.

“Eles [países africanos e pequenas ilhas] nunca contribuíram para as mudanças do clima. São países que emitem muitíssimo pouco gases de efeito de estufa. Mas são os países e as populações que mais terão danos”, explica.

 

Intitulada agenda de perdas e danos, a demanda de países pobres e vulneráveis é para que “os países desenvolvidos, que foram os maiores causadores dos danos se comprometam em ajudá-los a lidar agora com o que vem […] Eles estão perdendo parte de seus territórios, parte de suas populações.”