Dia 21 de junho de 2016 é a data em que a Tocha Olímpica chega a Rio Branco, a capital do estado do Acre e um dos pontos mais longínquos do Brasil. Ali, em meio a diversos outros personagens acrianos, um deles, em especial, representa de forma simbólica os habitantes da Amazônia – ele se chama Carlos Robenir Fernandes de Matos Kaxinawá.

Robenir, como é conhecido por seus amigos e parentes, é um indígena morador da Terra Indígena Kaxinawá Nova Olinda, situada em Feijó, no interior do Acre.

Etnia

Os Kaxinawá, etnia à qual Robenir pertence, são da família linguística Pano e estão presentes no Brasil  e no Peru. Segundo dados de 2010 da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), existem 7,5 mil indivíduos desta etnia no Brasil. Eles habitavam, originalmente, a região do Alto Juruá, no Acre, e depois se espalharam para outras regiões.

Os primeiros registros de sua existência são do final do século XIX e eles se denominam Huni Kuín, que significa “homens verdadeiros”. Os Kaxinawá são o grupo indígena mais numeroso do Acre, representando quase a metade dos indígenas daquele Estado.