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Costa e rios do Amapá recebem ação preventiva após manchas de óleo em praia do Pará

6 de novembro de 2019 às 20:39h

Costa e rios do AP recebem acao preventiva

Marinha conta com ajuda de pescadores. Monitoramento faz parte da operação ‘Amazônia Azul’, para proteger a região de possíveis impactos. Denúncias podem ser feitas no número 185.

A costa do Amapá e os rios da região passaram a receber reforço no monitoramento desde o fim de semana. As ações fazem parte da primeira fase da operação “Amazônia Azul – mar limpo é vida”, da Marinha, para proteger e preservar as áreas marítimas da costa brasileira da Amazônia. A preocupação aumentou depois que manchas de óleo apareceram em uma praia de Salinas, no Pará.

A operação é comandada pelo 4º Distrito Naval, que, além do Amapá, também abrange os estados do Pará, Piauí e Maranhão. O alerta é maior porque os órgãos temem que a região seja afetada pelo óleo que já atingiu 9 estados do Nordeste desde agosto. A substância, que é o petróleo cru, tem afetado a vida de animais e causado impactos nas cidades litorâneas.

O capitão dos Portos do Amapá, Fernando Cezar da Silva, explicou que, a princípio, não se pode afirmar que o óleo encontrado no Pará tem relação com as ocorrências no Nordeste. O material foi encaminhado para análise.

Há, portanto, registros de óleos nos três estados vizinhos, por isso, o reforço começa a ser feito para prevenir danos nos rios da Amazônia ligados ao Oceano Atlântico.

“Essa operação é feita para verificar se encontramos algum resíduo e para fazer o recolhimento desse produto, juntamente aos demais órgãos governamentais para evitar que a poluição venha afetar mais do que já tem afetado algumas regiões. O propósito é fazer com que essa poluição cause menos prejuízo possível”, disse Silva.

A operação é acompanhada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A Marinha também falou sobre relatos de que foram vistas manchas de óleo na costa do Amapá no domingo (3), na região do Oiapoque, ao Norte do estado. Na segunda-feira (4), a área foi monitorada pela Força Área Brasileira (FAB) e a informação não foi confirmada.

“Foi feito um patrulhamento nessa área na segunda-feira por uma aeronave da FAB e nada foi detectado, então até o momento não temos nenhum registro de poluição desse produto que apareceu no Nordeste que tenha chegado aqui na costa do Amapá”, acrescentou o capitão dos Portos.

Para potencializar a fiscalização, a Marinha do Brasil declarou que conta com a colaboração de pescadores e moradores de comunidades da área costeira do Amapá.

Qualquer informação pode ser repassada via disque emergências marítimas e fluviais, cujo número é 185. Assim que receber a notificação, são investigadas a natureza e as causas do material.

“Nós contamos muito com as colônias de pescadores e os seus respectivos associados que são as pessoas que estão diariamente no mar, para que observem e, ao sinal de qualquer vestígio, seja informado para que as ações comecem a ser tomadas no sentido de fazer o recolhimento desse material”, finalizou.